Segundo um estudo de um grupo de alunos da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), as telhas fabricadas a partir de PET reciclado (politereftalato de etileno ou o plástico usado em garrafas de refrigerante) apresentam vantagens em relação aos telhados de cerâmica. A manufatura de telhas a partir do PET é um dos destinos dados ao material após a reciclagem.
Segundo o último censo da Abipet (Associação Brasileira da Indústria do PET) o Brasil recolheu cerca de 260 quilotoneladas do plástico em 2009, e tem a segunda maior taxa de recuperação de garrafas no mundo, perdendo apenas para o Japão.
O processo de fabricação das telhas de cerâmica exige exploração de área natural para a retirada do barro. Além disso, com o tempo, esse material tem maior probabilidade de formação de mofo e fungos. Como o plástico é sintético, isso não acontece nas telhas de PET.
De acordo com a pesquisa ‘Utilização de Telhas de PET Reciclado na Construção Civil’, os modelos de plástico são capazes de resistir a temperaturas mais altas do que as de cerâmica. Enquanto os telhados convencionais suportam uma temperatura de até 50°C, a alternativa de PET suporta uma máxima de 85°C. Apesar das vantagens ambientais das telhas de PET, o custo das de cerâmica ainda é mais baixo. Os preços mais altos dos telhados de plástico são justificados por conta do alto custo de produção, que ainda acontece longe dos grandes centros urbanos e usa técnicas novas no processo de transformação do material. No entanto, a diminuição nos custos para o construtor será na estrutura necessária para a sustentação das telhas, visto que estas são mais leves comparadas com as de cerâmica. Colaborador: Ricardo Carmo.